Pensei que a história do camelo, ou melhor, do deserto estava esquecida. Eu pelo menos esqueci-me... Mas há pessoas que não.
As madalenas ofendidas continuam a reivindicar um pedido de desculpas por parte do ministro das obras públicas, transportes e comunicações. Eu sei... ele foi politicamente incorrecto. Mas disse a verdade, é um facto. Melhor: fugiu-lhe a boca para a verdade. E quem diz a verdade não merece castigo.
A margem sul é cada vez mais um deserto sobretudo no que diz respeito ao emprego, um PEQUENO pormenor que faz dos sítios algo mais que apenas dormitórios. Aliás, é graças a não haver emprego na margem sul que todos os dias milhares de pessoas como eu passam pelo calvário de se deslocarem para Lisboa para trabalhar. O que, além de economicamente dispendioso, é profundamente triste, uma vez que nos rouba horas de vida, essas sem preço.
Concordo, no entanto, que Mário Lino se esqueceu de acrescentar uma ou outra questão às declarações que proferiu. Esqueceu-se, por exemplo, que se a sul do Tejo não se passa nada é porque não só o seu governo como os que lhe antecederam nunca investiram a sério naquela zona do país. E esqueceu-se também, ou nunca lhe passou pela cabeça, que o aeroporto seria uma boa oportunidade para que o deserto deixasse de o ser, proporcionando mais emprego e melhor qualidade de vida a quem lá mora. Qualidade de vida, sim! Conheço algumas pessoas que moram na Portela e não estão surdas nem deprimidas. Conheço outras, porém, em Setúbal, Palmela e arredores, que não levam com o barulho dos aviões, mas que, além de deprimidas, passam fome, porque não têm onde trabalhar.
Como disse antes, o ministro foi politicamente incorrecto e confesso que até acho uma certa piada àquele outdoor do camelo cor-de-rosa.
Mas aos nativos do deserto eu peço: em vez de fazerem birras que não vos vão levar a lado nenhum e de ficarem ofendidinhos com sua excelência (garanto-vos que ele não está muito sensibilizado com isso), façam alguma coisa pela vossa terra que, pelos vistos, tanto prezam, e reivindiquem o aeroporto para a margem sul.
As madalenas ofendidas continuam a reivindicar um pedido de desculpas por parte do ministro das obras públicas, transportes e comunicações. Eu sei... ele foi politicamente incorrecto. Mas disse a verdade, é um facto. Melhor: fugiu-lhe a boca para a verdade. E quem diz a verdade não merece castigo.
A margem sul é cada vez mais um deserto sobretudo no que diz respeito ao emprego, um PEQUENO pormenor que faz dos sítios algo mais que apenas dormitórios. Aliás, é graças a não haver emprego na margem sul que todos os dias milhares de pessoas como eu passam pelo calvário de se deslocarem para Lisboa para trabalhar. O que, além de economicamente dispendioso, é profundamente triste, uma vez que nos rouba horas de vida, essas sem preço.
Concordo, no entanto, que Mário Lino se esqueceu de acrescentar uma ou outra questão às declarações que proferiu. Esqueceu-se, por exemplo, que se a sul do Tejo não se passa nada é porque não só o seu governo como os que lhe antecederam nunca investiram a sério naquela zona do país. E esqueceu-se também, ou nunca lhe passou pela cabeça, que o aeroporto seria uma boa oportunidade para que o deserto deixasse de o ser, proporcionando mais emprego e melhor qualidade de vida a quem lá mora. Qualidade de vida, sim! Conheço algumas pessoas que moram na Portela e não estão surdas nem deprimidas. Conheço outras, porém, em Setúbal, Palmela e arredores, que não levam com o barulho dos aviões, mas que, além de deprimidas, passam fome, porque não têm onde trabalhar.
Como disse antes, o ministro foi politicamente incorrecto e confesso que até acho uma certa piada àquele outdoor do camelo cor-de-rosa.
Mas aos nativos do deserto eu peço: em vez de fazerem birras que não vos vão levar a lado nenhum e de ficarem ofendidinhos com sua excelência (garanto-vos que ele não está muito sensibilizado com isso), façam alguma coisa pela vossa terra que, pelos vistos, tanto prezam, e reivindiquem o aeroporto para a margem sul.
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